Quando falamos em otimizar processos, não estamos citando apenas o ganho de tempo ao executar determinada tarefa. Nas ações de importação e exportação, esta melhoria se reflete na redução de custos, gestão e controle, além de evitar eventuais multas e penalidades perante a Receita Federal.
Mesmo que empresas de pequeno e de grande porte possuam um fluxo significativo de exportação e importação de mercadorias, ainda há muitas dúvidas e falhas durante estes processos. De acordo com a pesquisa realizada pela Thomsom Reuters, 70% das empresas poderiam ser mais competitivas no mercado caso aperfeiçoassem a gestão de suas operações. Dos entrevistados, 26% citaram que realocam tempo e recursos de suas atividades para lidar com as documentações e licenciamentos de importação.
Com isso, listamos abaixo três dicas para auxiliar na otimização dos processos de importação e importação:
- Automatização de processos
A automatização de processos por meio de softwares e sistemas é essencial para garantir competitividade e lucratividade ao negócio. A própria Receita Federal, juntamente com outros órgãos como o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), tem inserido dispositivos eletrônicos para agilizar atividades aduaneiras.
De acordo com Marcia Hashimoto, diretora executiva da Infolabor Consultoria, há diversos sistemas que interagem com o Portal Único de Comércio Exterior. “A própria automação da Receita Federal obriga empresas a buscarem estes mecanismos tecnológicos. O importador e o exportador precisam caminhar no mesmo sentido”.
A executiva explica que, com o Governo interligando todos estes sistemas, é necessário eliminar erros nas documentações. “Atualmente, temos ferramentas que atendem desde o pequeno empresário ao grande. Independente do montante e complexidade dos processos, é importante começar a se adequar”.
- Gestão de processos
Seja no acompanhamento dos trâmites com o desembaraço aduaneiro, no controle de custos, mercadorias, taxações alfandegárias, o fato é que qualquer etapa destes processos necessita de gestão.
“Atualmente, elaborar uma DUE (Declaração Única de Exportação), por exemplo, é mais rápido. Porém, não permite que erros sejam ‘consertados’. Infelizmente, grande parte do empresariado brasileiro tem o costume de postergar ou tentar burlar regras e sistemas. Com isso, a automação dos procedimentos se torna mais trabalhosa, necessitando ações para precaver e revisar”, explica Marcia.
- Consultoria especializada
Contratar uma consultoria especializada para auxiliar na tratativa de toda demanda de transações internacionais da sua companhia pode ser a melhor opção para o cumprimento de algumas obrigações fiscais e contábeis com a Receita Federal.
Marcia Hashimoto explica que ter um consultor para analisar os projetos é de extrema importância para desenhar um modelo de operação. “Um bom consultor pode orientar a companhia na entrada deste cenário. Pequenas empresas são as que mais se decepcionam nos seus processos. Com os gastos saindo mais caro do que o planejado, o empresário acaba não realizando a importação. Por isso, vale a pena contratar uma consultoria especializada no primeiro projeto”, finaliza.