Na última quinta-feira (29 de janeiro) foi votado em Bruxelas por eurodeputados a saída do Reino Unido da União Europeia. As negociações que já se arrastavam durante mais de 3 anos finalmente terminaram, no qual o processo de ‘divórcio” se encerra no dia 31 de janeiro (00h00 no horário de Bruxelas, capital da União Europeia).
Mas qual a relação do Brexit com o Brasil em questões de comércio?
As oportunidades brasileiras podem surgir após 2020 (ano de transição), em que as regras alfandegárias, questões tarifárias e o fim de benefícios do antigo acordo passam a mudar, favorecendo diversos setores para o Brasil, como por exemplo o setor agrícola, onde somos competitivos.
Outro fator relevante é o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Claro que o acordo favoreceria e muito a economia brasileira, mas para isso acontecer, deve ocorrer uma aprovação envolvendo cada um dos membros da União. Uma negociação com o Reino Unido seria mais simples em questões burocráticas, como foi demonstrado o interesse em comum no Fórum Econômico Mundial em Davos, ainda em janeiro.
Nas últimas notícias foi informado também o apoio de Londres à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nesse caso, seriam negociados acordos bilaterais entre os países para evitar a cobrança dupla de impostos (Acordo Mercosul-Reino Unido), diminuindo a carga tributária de empresas instaladas em ambos os territórios.
A embaixada britânica lançou recentemente a plataforma chamada Brazil Brexit Watch (Observatório Brasileiro do Brexit) com informações sobre possíveis mudanças que podem afetar o setor privado brasileiro.