A partir de hoje, o acordo comercial (fase 1) assinado entre a China e os Estados Unidos entra em vigor.
O governo norte americano estima um corte de 120 bilhões de dólares em tarifas de importação chinesas, referente apenas aos encargos adicionais anunciados em setembro do ano passado. Já pelo lado chinês, o acordo é o corte de 75 bilhões de dólares sobre produtos americanos: petróleo, soja, carnes bovina e suína, por exemplo.
Mas qual a relação do Brasil com o acordo?
O Brasil vende aos chineses produtos como minério de ferro, açúcar, celulose, soja, carnes bovina e de frango. Já os americanos, importam semimanufaturados de aço e alumínio, aviões e petróleo bruto brasileiro.
O Brasil deixa de ter ampla vantagem por conta das taxas impostas e passa a ter maior concorrência dos Estados Unidos nas exportações de soja e carne bovina, mercadorias que trazem resultados favoráveis para a balança comercial brasileira. Por outro lado, a trégua acelera a economia chinesa, o que torna o Brasil ainda atrativo com relação aos EUA, com os preços das commodities exportadas competitivos.
O que resta saber é como os países vão se comportam após a primeira fase do acordo. Quando serão negociadas as retiradas de outras tarifas e o impacto na economia brasileira, que é totalmente vulnerável e exposta a avanços e retrocessos das negociações entre Washington e Pequim.