Ainda é muito cedo para fazer previsões sobre quais serão os impactos gerais da crise do coronavírus no Comércio Exterior. Mesmo assim, algumas organizações e órgãos já elaboraram seus prognósticos. A OMC (Organização Mundial do Comércio) estimou, em informações divulgadas no mês de abril, que o comércio mundial poderá se contrair entre 13% e 32% em 2020. Já a OCDE (Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico) acredita que, para cada mês que os principais países submeterem os seus cidadãos ao confinamento, o seu crescimento econômico anual se reduzirá em 2 pontos percentuais.
As principais causas são o confinamento social e algumas outras restrições, como fechamento de fábricas e de alguns setores do comércio, para tentar impedir a propagação da doença. Uma consequência é a queda na produção dos países afetados pela doença, a começar pela China, maior fornecedora global, onde os resultados das medidas adotadas para conter o coronavírus afetou a sua economia a tal ponto que os impactos causados estão sendo sentidos no resto do mundo. No Brasil, já é percebida uma redução de importação principalmente de produtos tecnológicos e automotivos.
É certo que nenhuma nação está imune aos efeitos negativos da crise. Parte da importação brasileira é ligada aos fertilizantes, auto parts e outras matérias-primas da indústria da transformação. A diminuição na importação destes insumos pode afetar as produções agrícola e industrial brasileiras, comprometendo qualquer plano de crescimento econômica.
Mesmo com o fim do confinamento social, teremos um retorno gradativo do comércio e da indústria, e a economia deve ser retomada, mas especialistas apontam que não teremos o mesmo ritmo de evolução que vinha sendo observado.
O Governo Brasileiro vem tomando ações que são extremamente importantes para o combate a pandemia (vejam outras matérias publicadas no nosso blog sobre o assunto) e outras ações também foram publicadas pelos órgãos fiscalizadores para facilitar o processo aduaneiro durante o período imposto de distanciamento social, e espera-se que estas medidas permaneçam pós pandemia. Muito embora tenhamos evoluído bastante nos últimos anos, tais medidas mostram que ainda há espaço para tornar os processos aduaneiros mais simples, sempre procurando manter a segurança, a eficiência e a credibilidade.
Novas formas de negociação estão sendo vivenciadas, inclusive nas negociações internacionais. Vários hábitos foram alterados e muitos outros possivelmente não serão repetidos na mesma frequência. Por outro lado, criamos novos hábitos, quebramos muitos paradigmas e quem sabe esta não seja uma boa oportunidade para nos reinventar, buscar novas oportunidades e por que não no mercado internacional.
Lembramos que a instabilidade cambial e todas as incertezas quanto à trajetória da economia global tornam a prever o cenário pós pandemia muito difícil, mas é fato que o setor será fundamental para a recuperação das companhias no Brasil. E a Infolabor Consultoria está acompanhando atentamente o desenrolar dessa crise, com o intuito de ajudar seus clientes na retomada ou manutenção de importações e exportações depois da pandemia. Consulte-nos!